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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

TRAGÉDIA COM DATA MARCADA


Ano após ano vemos a região sudeste padecer com as chuvas torrenciais de verão. Se os caros leitores se recordam, postei matéria à respeito em 14 e 15 de janeiro de 2011 das catástrofes que as chuvas de então provocaram na região serrana do Rio de Janeiro, principalmente em Teresópolis e adjacências.Um ano se passou e muito pouco foi feito para realmente solucionar o problema das vítimas das enchentes,que além da perda de seus entes queridos,também perderam seus pertences,casas e anos de trabalho jogados fora. Ainda sem que saibamos o destino que o Sr. Prefeito de Teresópolis deu aos recursos cedidos por centenas de pessoas de boa fé, empresas e governo federal que não foram devidamente aplicados para os fins a que se destinavam. E mais uma vez outra desgraça se abateu sobre o estado do Rio de Janeiro,dessa vez atingindo mais as cidades ribeirinhas ao rio paraíba do sul, Sapucáia, Muriaé e região norte do estado de Minas Gerais. Centenas de pessoas mortas e famílias destruidas, mais notadamente das classes menos favorecidas. Eu sei e é óbvio que não se pode deter fenômenos climáticos e reconstruir eco-sistemas de uma hora para outra. É sabido que muitas vezes são precisos anos para que se recupere regiões degradadas pelo mau uso da terra e quanto a isto,muito progresso tem sido logrado com a conscientização do homem do campo e a colaboração de diversas entidades públicas e mesmo privadas, no sentido de restaurar áreas devastadas pelo homem na lide agro-pecuária. O que não podemos deixar é que larápios venham usurpar aquilo que é destinado aos pobres. Nem tão pouco consentir que se construa em lugares sabidamente perigosos, ou mesmo transigir em negociatas que não tragam benefícios sólidos para as populações carentes. É responsabilidade de todos os governos através dos orgãos técnicos de fiscalizar obras , desativar empresas poluentes, fazer a devida manutensão nos sistemas de escoamento pluvial e fluvial,indenizar e alocar recursos para poder fazê-lo , remanejar populações ribeirinhas de ares sabidamente perigosas.Enfim, governar o seu estado, cidade e municípios como se sua casa fosse. Afinal, quem é mais vil ? O assaltante que deliberadamente se arrisca ao cometer o crime, ou o representante do povo que usa das prerrogativas que lhe foram outorgadas para benefício de todos, em causa própria e que com tal atitude, fere muitas vezes mortalmente à crianças e anciãos tanto quanto aos mais carentes dentro da sociedade.Aqueles que tem recursos também podem ser atingidos pela ira da Natureza, mas estes ainda tem a opção de fugir ou reconstruir sua vida em outro local. Porém é a maioria que não tem pra onde ir e que depende única e exclusivamente da piedade do Estado.Enquanto isso, vemos este mesmo Estado preocupado com as Olimpíadas de 2016, para daqui a quatro anos , Copa do Mundo em dois anos e mais maquiagens mil visando o turista estrangeiro e seus euro-dollares que talvez à época esteja mais desvalorizado do que nosso Real. Ao meu ver, isto é o mesmo que recitar Maquiavel para o qual," Os fins justificam os meios ". E isto mesmo sem sabermos com exatidão, se tais fins serão condizentes com o volume de investimentos que ora estamos realizando. Aos senhores governantes, informo que estamos precisando de auxílio financeiro é agora,neste momento ou até para ontem se fosse possível retroagir no tempo. Quem toma trem lotado todos os dias para ir trabalhar, definitivamente,não são os Srs.,são trabalhadores que matem este país ainda funcionando. Eu sei que os trens estão chegando, mas a quantos anos ja deveriam ter chegado ? Se obras emergenciais fossem feitas com a mesma emergência das que estão sendo realizadas para os jogos Olímpicos, com toda certeza o número de mortos nestas enchentes seria bem menor e até talvez os prejuizos materiais também seriam minimizados. Infelizmente o glamur de obras de prevenção não rende o mesmo número de votos do que a reconstrução de um vilarejo desimado por avalanche. É Srs. é sabido que a desgraça vira manchete de jornais e a repercusão é sem dúvida muito maior do que um simples muro de arrimo que poderia te-la evitado.Ninguém fotografara um simples muro que conteve uma possível tragédia, mas ja a construção após a miséria, essa com certeza fara um sucesso. Srs. o orgunho do dever cumprido é Santo. De que adiantam os aplausos da multidão, se sabeis no íntimo que não os merece ?
          É certo que um dia temos que morrer, mas esta ficando cada vez mais difícil para o cidadão comum, sobreviver à tantos atentados contra a sua vida. Senão  vejamos : Morremos por assalto à mão armada, balas perdidas , Dengue, Malária, Falta de atendimento médico pelo SUS, Sucateamento da rede pública hospitalar, Tuberculose, Hepatite, Acidentes de trânsito, de trens e mais as tragédias ditas Naturais. Doenças endêmicas que ja haviam sido erradicadas, resurgem no país com características mais graves devido ao alto grau de resistência das bactérias, e também por encontrarem nichos de sujeira e abandono de toda sorte.Todas estas coisas,facilitam o caminho para as endemias, pandemias etc.Aqui aplica-se o ditado ao contrário, " É preferivel remediar do que prevenir". O mais interessante e contraditório,é que os índices de longevidade no país, apontam para os 80 e mais anos. E a pergunta é : Estamos todos envelhecendo até idades avançadas, ou seria porque estamos controlando melhor a natalidade e os jovens estão morendo mais cedo ? A questão é que hoje no Brasil morre-se de tantas causas diversas e tão facilmente, que é difícil entender como se chegar aos 80 anos. Aos que chegaram,parabéns, porque so com muita sorte ou proteção Divina.

Sergio M M Torres

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