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segunda-feira, 27 de junho de 2011

O Conde de Saint Germain

O Conde de St. Germain (Transilvânia, 28 de Maio de 1696Eckernförde (?), 27 de fevereiro de 1784) foi uma das figuras mais misteriosas do século XVIII. Tido como místico, alquimista, ourives, lapidador de diamantes, cortesão, aventureiro, cientista, músico e compositor. Após a data de sua morte (de precisão incerta), várias organizações místicas o adotaram como figura modelo. Segundo relatos antigos, era imortal e possuía o elixir da juventude e a pedra filosofal.


O fato de nunca ter revelado sua verdadeira identidade levou a muitas especulações a respeito de sua origem. Uma das mais plausíveis aponta que o conde seria filho de Francis II Rákóczi, o príncipe da Transilvânia que, na época, estava exilado, ou que seria filho ilegítimo de Marie-Ann de Neubourg, viúva de Carlos II da Espanha, com um certo conde Adanero, que ela conhecera em Bayonne, no sudoeste de França.
O Conde de St. Germain estudou na Itália, possivelmente como protegido do Grão-Duque Gian Gastone (o último descendente dos Médici). As primeiras aparições do Conde de St. Germain deram-se em 1743, em Londres, e em 1745, em Edimburgo, onde ele foi aparentemente preso, acusado de espionagem. Solto, logo adquiriu a fama de ser um virtuose no violino. Tinha hábitos ascéticos e celibatários. Durante esse tempo, conheceu Jean-Jacques Rousseau, que declarou ser a pessoa do Conde "a mais fascinante e enigmática personalidade que já conhecera". Desapareceu subitamente em 1746. Horace Walpole, que conheceu St. Germain em Londres, em 1745, o descreveu: "Ele canta, toca o violino maravilhosamente, compõe, mas é louco e falta-lhe sensibilidade".
Reapareceu em Versalhes, no ano de 1758. Dizia-se ourives e lapidador, bem como trabalhava com tingimentos de tecidos que nunca desbotavam, por terem uma fórmula secreta. Hospedou-se em Chambord, sob a proteção do rei Luís XV, de quem havia angariado a confiança, e também de sua amante, Madame de Pompadour. Nessa época, distribuiu diamantes como presentes, entre a corte, e ganhou a reputação de ter séculos de idade. Nos salões da corte, um mímico, denominado Gower, começou a imitar os maneirismos do Conde, dizendo ter conhecido Jesus Cristo. Em 1760, ele deixou a França, indo para a Inglaterra, cujo Ministro de Estado, duque de Choiseul, tentou prendê-lo.
Depois desses fatos, esteve nos Países Baixos e em São Petersburgo, na Rússia, quando o exército russo colocou Catarina, a Grande no trono. Mais tarde, a destituição do imperador com a substituição por Catarina seria atribuída a uma conspiração do Conde.
No ano seguinte, foi para a Bélgica, onde comprou terras com o nome de Conde de Surmount. Tentou oferecer sua técnica de tratamento de madeira e couro ao Estado. Durante as negociações, que resultaram em nada, na presença do primeiro-ministro Karl Cobenzl, ele transformou ferro em algo com a aparência do ouro. Depois desapareceu por onze anos, para reaparecer em 1774, na Baviera, sob o nome de Conde Tsarogy.
Em 1776 o conde ainda se encontrava na Alemanha com o título de Conde Welldone, ainda oferecendo receitas de cosméticos, vinhos, licores e vários elixires. Impressionou os emissários do rei Frederico com sua capacidade de transmutação de simples metais em ouro. Para Frederico, ele se apresentou como maçom.
Posteriormente, o Conde de St. Germain estabeleceu-se na residência do príncipe Karl de Hesse-Kassel, governador de Schleswig-Holstein, e lá pesquisou a fitoterapia, elaborando remédios para dar aos pobres. Para o príncipe, ele se apresentou como Francis Rákóczi II, príncipe da Transilvânia.
Consta que ele faleceu em 1784, deixando muito pouca coisa para trás. Contudo, existem rumores de que St. Germain teria sido visto em 1835, em Paris, e em 1867, em Milão e no Egito, durante a campanha de Napoleão. Napoleão II mantinha um dossiê sobre ele.
Annie Besant, uma teosofista, disse ter conhecido o conde em 1896. Outro teosofista, C. W. Leadbeater, disse tê-lo encontrado em Roma, em 1926. Um piloto americano, após falha mecânica em sua aeronave em 1932, fez um pouso forçado em uma das montanhas isoladas do Tibet;e entre os monges que o trataram, relatou que havia um homem estranho que teria dito Eu sou o Conde de Saint Germain, e em breve voltarei para a França(sic).
Dizem que certa vez, o Conde de St. Germain assombrou a corte do rei Luís XV, quando o rei reclamou para si possuir um diamante de tamanho médio que, por ter um pequeno defeito, valia apenas seis mil libras e que, se tal falha não existisse, valeria pelo menos o dobro. St. Germain solicitou a pedra e, após um mês, devolveu-a ao joalheiro real, com o mesmo peso, sem que apresentasse a mínima anomalia.
Vários relatos afirmam ter o Conde uma imagem imutável, pois sempre aparentava ter por volta de 45 anos. Madame d'Adhemar, biógrafa e dama da corte de Maria Antonieta, conheceu St. Germain, em Paris, perto de 1760 e relata, em suas memórias, datadas de 12 de maio de 1821, que havia reencontrado o Conde de St. Germain na vigília da morte do Duque de Berri, em 1815, ou seja, 55 anos após, e que incrivelmente, ele aparentava os 45 anos de sempre, não havia envelhecido. Segundo as memórias de Giacomo Casanova, o músico Rameau e Madame de Gergy juraram ter conhecido o Conde de St. Germain em Veneza, em 1710, usando o nome de Marquês de Montferrat, e tê-lo reencontrado com a imutável aparência, em 1775 (se verdade, destruiria as hipóteses de o Conde ser filho do príncipe Francis II Rákóczi ou da Madame de Neubourg).
Homem de personalidade hipnótica, frequentava a corte ocasionalmente e se tornava o centro das atenções em qualquer reunião mas, estranhamente, nunca ninguém o viu comer ou beber o que quer que seja publicamente. A origem de sua renda também é um enigma, pois era um homem rico, detentor de várias pedras preciosas, incluindo diamantes, que gostava de presentear, uma opala, de tamanho monstruoso, e uma safira branca, tão grande quanto um ovo, e de fartura em ouro, sem que se soubesse de onde procediam. Tinha a fama de possuir o elixir da juventude e a pedra filosofal. Conta-se que ele era capaz de produzir diamantes a partir de pedras pequenas comuns. Os diamantes que decoravam seus sapatos valiam a soma considerável de duzentos mil francos. Madame du Hausset relata que, certa vez, estava na presença do Conde e da rainha Maria Antonieta enquanto ele mostrava algumas jóias a ambas; Madame du Hausset comentou brevemente sobre a beleza de uma cruz, decorada com pedras brancas e verdes; no mesmo momento, o Conde quis presenteá-la com a jóia, o que foi recusado. Por insistência da rainha, que achava ser o artefato falso, ela aceitou. Depois de algum tempo Madame du Hausset solicitou ao joalheiro real que avaliasse a cruz, constatando ser ela verdadeira e de valor inestimável.
"Um homem que sabe tudo e que nunca morre" disse Voltaire a respeito do Conde de St. Germain. Assim era visto o Conde na época, já que frustrara várias tentativas, por parte de inúmeras pessoas, em desvendar os verdadeiros fatos sobre a sua origem. Rumores afirmam que o Conde Cagliostro era seu discípulo. O Conde também tinha o hábito de aparecer subitamente em uma roda social e depois sumir por vários anos, sem deixar traços. A última menção ao Conde, feita por antigos cortesãos da corte de Luís XVI, foi em 1822, ocasião em que ele seguiu viagem para a Índia.
Algumas sociedades místicas afirmam ter Saint Germain reencarnado várias vezes, anteriormente, sob a pele de figuras históricas como o Profeta Samuel, Santo Albano, o filósofo grego Proclo, José, pai de Jesus, o mago Merlin, o frade alquimista Roger Bacon, o fundador do Rosacrucianismo Christian Rosenkreuz, o navegador Cristóvão Colombo o político inglês Francis Bacon, tendo sido nesta encarnação o verdadeiro autor das obras atribuídas ao dramaturgo e poeta inglês William Shakespeare.
Hoje em dia, segundo estes místicos, seria um dos Chohans dos Sete Raios. Os Chohans, Senhores, Diretores ou Mestres dos Sete Raios relacionados com a evolução no plano físico cósmico, trabalham em plena harmonia entre si para executarem o Plano Divino.


P.S.: Texto extraido da enciclopédia digital Wikipédia

quarta-feira, 22 de junho de 2011

REAL , VIRTUAL OU ATUAL ?

Base de tema para reflexões e discuções acaloradas, estas três palavras são expostas ao adepto ainda noviço em algumas Escolas Iniciáticas Autênticas como forma de instruir a mente do iniciando e faze-lo refletir acerca da relatividade das coisas e ate mesmo da própria existência.
          Para início de conversa, é preciso esclarecer aqui o conceito de Escola Iniciática Autêntica. Como a própria definição da palavra sugere, AUTÊNTICO é tudo aquilo que tem sua origem confirmada por fontes fidedígnas que atestam sua originalidade através da comprovação de fatos, símbolos e marcas que dão à coisa o carater de autenticidade de originalidade própria ou verdadeira.No caso das Escolas Iniciáticas Autênticas, é preciso mais um predicado para que possam ser aclamadas por Autênticas. Necessitam do endosso de um Mestre Avatar Realizado. Um ser supremo que já transcendeu o ciclo reencarnatório e estão no mesmo nível de Jesus, Buda , Saint Germain, El Moria, K.H.M e outros mais que possam existir e que eu desconheça. Isto é um dogma de fé diriam alguns e assim é e sempre foi.É um dogma de fé sim, ou se acredita ou não.Mas julgo que este dogma é o principal e mais importante fator de seleção para aqueles candidatos às Escolas Iniciáticas. De outra forma tais pretendentes ao estudo e iniciação dos Arcanos Superiores, estariam colocando a orientação de suas mais puras vocações, nas mãos de instituições não autorizadas misticamente à faze-lo.
          Mas voltando ao tema central do texto, as Escolas Iniciáticas propõem aos seus alunos o estudo e distinção entre termos que aparentemente são semelhantes, mas que, intrinsecamente tem características bem distintas. Tais são : a Atualidade, a Realidade e mais recentemente a Virtualidade.
          Segundo a tradição Esotérica, a Atualidade é a verdade absoluta ou a essência das coisas.Já a Realidade é a percepção da existência das coisas.
          Recentemente surgiu também o termo Virtual para expressar a condição gerada por arquétipos construidos artificialmente para simularem o mundo real. Com a informatização do mundo moderno, cada vez mais a Realidade Virtual é utilizada para simular condições reais e dessa forma poder-se estudar e fazer testes de correspondência real, sem os riscos e inconvenientes da realidade física. Por exemplo, um simulador de vôo para treinar pilotos, sem o inconveniente risco real que teriam se treinassem numa aeronave real. Para que possamos entender estes três conceitos expressos por palavras, temos que conhecer as diferenças ou características principais de cada uma. Assim é que :



A Atualidade quanto a :
1) Unicidade_ Tem carater único, ou seja, não é interpretativa.
    Ex.: Estrutura atômica do diamante.Para ser diamante so pode ter essa 
           formação atômica.
2) Essencialidade_ É essencial, de natureza única e pristina.
    Ex.: O diamante é condição única e essencial do cristal.
3) Diversidade_ Embora tenha natureza única,sua manifestação é diversificada.
    Ex.: Existem graus de pureza e côr dos diamantes que diferem uns dos outros.
4) Verdade Absoluta_ A Atualidade não deixa margem de dúvida, é matemática, 
     precisa e única para cada manifestação.
5) Relativismo_ A Atualidade nunca é relativa, é sempre absoluta e não depende
    de interpretação.
6) Causalidade_ Toda Atualidade é causal.Existe sempre uma necessidade "X" 
     para que venha a existir.
7) Transformação_ A Atualidade não se transforma, pois é o fundamento ou 
     natureza primeira de alguma coisa.

A Realidade quanto a :

1) Unicidade_ Não tem carater único.Sua existência é interpretativa.
2) Essencialidade_ Não é essencial, é particular e seus efeitos variam dependendo
    de como é observada.
3) Diversidade_ Também é diversa e multiforme.
4) Verdade Absoluta_ Não é absoluta e sim relativa.
5) Relativismo_ Sim é relativa,depende do ponto de vista do observador.
6) Causalidade_ Sim é causal e sua origem esta na Atualidade.
7) Transformação_ Sim é mutavel.Tanto por auto-trasformação quanto por 
    atuação de força externa.

Quanto a Virtualidade, podemos dizer que tem as mesmas características da Realidade.Então na tabela acima,as colunas Realidade e Virtualidade são iguais. Porém o que isto significa ? Para a mente humana, tudo que pode ser experimentado pelos 5 sentidos físicos, é real. E como o Virtual simula o Universo Real, a persepção da sua existência é tão real quanto a própria realidade.
          Um exemplo para consubstanciar a inter-relação entre Realidade e Virtualidade : Imaginemos como nos jogos de realidade-virtual que um indivíduo é inserido num Mundo Virtual onde a força de gravidade ambiente é proxima da Lua. O participante da experiência estaria praticamente isolado do Mundo Real por equipamentos sensitivos e audio-visuais,como os ja existentes, roupas de contatos e óculos 3D. Digamos então que num estágio mais adiantado de realidade-virtual, possamos também integrar ao sistema mais três dos 5 sentidos : Tato , paladar e olfato, ja que o sincronismo de movimentos e posicionamento espacial também ja existentes, transmitiriam ao nosso personagem uma imersão total no Mundo Virtual. Para o participante, este mundo seria praticamente real e a única distinção ou ponto de contato com o mundo real verdadeiro , seriam sua consciência e memória .
          Seguindo um pouco mais adiante no nosso ensaio, imaginemos agora que nosso participante da experiência tenha sido inserido na mesma desde recem-nascido e após anos de realidade-virtual , tenha sido desligado dos equipamentos e trazido à nossa vida real verdadeira. Alguem duvidaria que para o nosso personagem essa transição para um novo tipo de vida muito se asemelharia à nossa morte ? É lógico que não podemos prever com 100% de acerto o que de fato iria ocorrer com o nosso cobaia,ou que espécie de choque iriam ser produzidos em sua mente e corpo. Talvez o impacto com a nova realidade fosse tão forte ao ponto de leva-lo à morte verdadeira. Em fim,até que tal experiência possa ser feita,não poderemos saber exatamente o quê ocorreria com o indivíduo recem chegado à nossa realidade. Quem sabe se simplesmente chorasse muito,tal qual um bebê recem-nascido. Mas todas essas hipóteses são conjecturas e até lá teremos ainda que esperar.